(des)ATENDIMENTO
A cada dia que passa a desilusão com os serviços que nos são facultados aumenta vertiginosamente...muito sinceramente, este pais vai de mal a pior (ok...isto não e novidade) o triste é quando estamos a espera que chegue o dia D e assim que se aproxima o segundo de reaver o que precisamos eis que nos dizem que... há e tal e ouve uma grande falha do funcionário que estava responsável pelo processo e tal...a merda (e peço desde já desculpa pelo termo usado) e que por causa disso poderemos estar metidos em apuros...
Sinceramente caríssimos colegas, eu já sabia que não havia grande respeito pelas pessoas não pensei e que fosse desta forma.
As pessoas (nem todas mas a grande maioria) que estão atrás de um balcão de atendimento deveriam ter no mínimo dozes mensais de formação cívica.
Por falar em formação cívica, não são so os funcionários das varias repartições e balcões que deveriam ter este tipo de formação. Hoje foi o dia de viajar de BUS pelas avenidas da nossa capital e eis que me deparei varias vezes com vários adolescentes sentadinhos nos banquitos e sempre que entrava uma senhora de idade que lhe dava o lugar era eu. A mim não me afecta minimamente ceder o meu lugar a uma pessoas de idade mais avançada e que, por consequência, devera ter menos resistência e mais cansaço. Mas no meio disto tudo o que mais me entristecia e ao mesmo tempo enraivecia era os risinhos parvos que esses garotitos de meia tigela fizeram quando me levantei e disse “SENTE-SE”. Fiquei literalmente a olhar para eles de alto a baixo com aquele meu ar de desprezo que decididamente os incomodou pois não falaram mais o caminho todo. O engraçado é que não me fiquei so pelo olhar, virei-me para um deles e perguntei quantos anos tinha. A resposta que obtive foi:
“15 anos porque?”
a qual respondi da seguinte forma: “nada, nada… era só mesmo para ter a certeza que a vossa ignorância também era precoce.”
Depois disto virei as costas e fui mais para trás porque não consigo olhar para tanta concentração de deficiência mental.
Resolvi escrever sobre estes dois episódios que vivi hoje porque me fizeram, mais uma vez, voltar a pensar e repensar no que será do futuro deste país que nem um presente decente e pessoas (algumas) decentes tem. Desilude-me olhar diariamente para a riqueza, tanto psicológica como territorial, que temos e que é constantemente mal aproveitada e muitas das vezes jogada fora.
Era sobre isto que queria-vos falar e por a pensar hoje…
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