SAI DA FRENTE... QUE ATRÁS VEM GENTE

quarta-feira, junho 07, 2006

CAFÉ COM PASTEL DE FEIJÃO
Costumo lanchar esta receita.
Mas, tanto me sabe bem o lanche como a pergunta: o que me leva a comer um pastel de feijão e não uma sandes? Será o gosto pessoal? Também. Contudo, só a preferência pessoal não é suficiente. A resposta a esta pergunta pode ser preenchida com variantes subjectivas, inter-subjectivas ou objectivas. A pergunta, ela sim, é o importante, porque nos remete a outras perguntas, ou, melhor, a uma questão. Se o pastel de feijão, a bola de Berlim, a sandes, ou, mesmo, o café estão disponíveis no mercado, se o preço é semelhante, e, a preferência individual não é marcante, qual a invariante da acção humana que influi na decisão? Posta a questão desta forma, as razões económicas da escolha do produto a consumir não são relevantes na decisão, mas sim, as estruturas sociais que impulsionam a pessoa a consumir um lanche, na hora “certa”, no espaço X, e com os produtos Y. Será o pastel de feijão consumido tão numerosamente na Malveira, onde existem as famosas trouxas? Não sei. Não adiantarei, aqui e agora, as variáveis e factores das estruturas sociais que levam à escolha pastel de feijão. Este texto serve, apenas?, para reflectir sobre o actual esquecimento genético por parte da dita ciência económica, que resulta da imagem: a sociedade existe naturalmente e o resto é dinheiro ou crescimento económico. A mediocridade é tanta, no seio dos pensadores desta área, que descuram a existência de estruturas sociais, de raízes históricas, que fundamentam e tornam consequente a actividade das escolhas económicas. Pensar esta questão é, invariavelmente, construir um ser humano centrado na sua humanidade e não só nas suas escolhas.

terça-feira, junho 06, 2006

Rumos… Seja qual for o motivo, o que é certo e que a grande maioria das pessoas pode escolher o seu próprio rumo de vida seja ele considerado o certo ou o errado. Mas existe uma grande questão que me incomoda e sempre me incomodou… E quem nada tem? E quem não tem nem um rumo, para escolher? E a pensar em todas as pessoas que passam fome e vivem em plenas condições de desumanidade, no limiar da pobreza e sem qualquer rumo na vida (se é que eles alguma vez o terão) Não escolhi este tema só porque me apeteceu ou só para colocar mais um post, não sou assim… Agora estarão alguns a pensar … o que não falta p’ai são malandros com um bom corpo para trabalhar mas preferem viver das esmolas dos outros. Também concordo caríssimos colegas mas eu também não ajudo qualquer pessoa. Eu não dobro uma esquina e pimbas…vai de ajudar o primeiro drogado ou outro qualquer que me apareça a frente. Gosto mesmo é de ajudar famílias ou pessoas que se nota perfeitamente que sofre a cada dia que passa por não ter uma peça de fruta ou por não ter um simples pão para por na boca durante um dia inteiro. Neste momento, estou mesmo a recordar povos um pouco longínquos nomeadamente povos africanos que como todos sabemos sofrem na pele diariamente este tipo de sofrimento. Arrepia-me a ideia de me levantar de manhã e saber que enquanto eu dormia milhares de crianças choravam por um pouco de leite ou um pedacinho de pão. Falo isto na condição de quem nunca soube o que era não ter água potável para beber, um copo de leite ao pequeno-almoço, uma laranja para comer a meio da manha ou ate mesmo um simples pão para comer… nunca soube o que isso é, lá isso é verdade mas, isso não implica que não pense diariamente em que não tem uma cama para dormir uma casa para viver uns sapatos para calçar etc… Tento através de ajudas colmatar a vontade que tenho de ajudar tudo e todos pois sei que isso e impossível mas se de cada bocadinho que ajudo fizer sorrir uma criança já sou uma pessoa muito mas muito feliz… (desculpem a seca mas pronto apeteceu-me partilhar com vocês esta minha faceta não cómica da minha vida)

quinta-feira, junho 01, 2006

“Reduza. Desligue. Recicle. Ande a pé. Mude!”

A partir deste mês é lançada uma campanha em toda a União Europeia para sensibilizar as pessoas para as alterações climáticas do planeta. Ao contrário daquilo que a maioria de nós pensa, podemos ajudar, e muito, a proteger o nosso planeta e a controlar as mudanças de clima. Temos de deixar de ser preguiçosos e pôr mãos à obra. Há imensos gestos que realizados no dia a dia ajudam muito o meio ambiente e contribuem bastante para poupar nas contas das nossas de casas. Comecem por reciclar, já não há desculpas de não haver ecopontos, desliguem todos os aparelhos que normalmente deixam em standby, diminuam 1º a temperatura do ar condicionado, coloquem um volume, por exemplo uma garrafa de água dentro do autoclismo, andem mais de transportes públicos, a pé ou de bicicleta.... Posso dizer que no meu caso reciclo tudo o que posso, nunca deixo a televisão ou o DVD em standby e não tenho carro por opção, uma vez que vivo dentro de uma cidade onde me posso deslocar para todo o lado de transportes públicos ou a pé. Talvez ainda um dia consiga ter uma casa que apenas use energias renováveis e materiais biológicos...

1 de Junho – Dia Mundial da Criança.

Anne Geddes