SAI DA FRENTE... QUE ATRÁS VEM GENTE

segunda-feira, novembro 27, 2006

"Para não mais se aborrecer acompanhado

É difícil. Não receba ninguém, e às vezes, quando ninguém, e às vezes, quando ninguém tiver forçado sua porta para interrompe-lo em plena atividade surrealista e cruzar seus braços, pense: “É igual, certamente há coisa melhor para fazer, ou para não fazer. O interesse da vida não se mantém. Simplicidade, o que se passa em mim ainda me aborrece!” ou qualquer banalidade revoltante."

Manifesto do Surrealismo, André Breton, 1924

quarta-feira, novembro 15, 2006

Orçamentos de Estado, Congressos e o Concurso do Melhor (Pior) Português…. Estas semanas tem sido alvo de muita e variada informação mas há Personalidades que se têm destacado pela sua capacidade de trabalho, esforço, dedicação e glória. (atente-se não estou a falar de clubes de futebol, mas sim de Pessoas…) Pois bem, ficam os leitores a saber que em Portugal há homens/mulheres para tudo. Eles são parte integrante do orçamento de estado, são parlamentares, alguns até desempenham a difícil função de serem Primeiros Ministros em Portugal, e outros são secretários gerais de partidos e quiçá candidatos ao melhor dos Portugueses.
Vejamos a título de exemplo o nosso querido primeiro-ministro. Ele governa ao Centro, de esquerda para a direita, da direita para o Centro e assume-se interpares como um homem de esquerda moderada. Tendo neutralizado os seus adversários directos em congresso, reafirmou a liderança num partido que se diz socialista e que governa como a pseudo Direita gostaria de governar. Contra ele a administração pública, os sindicatos, alguns notáveis do PS, e quiçá alguns cidadãos…. O facto é que Sócrates governa como quer e como pode. Sem oposição, num governo de maioria, o país reflecte o estado de espírito dos seus governantes. Sem líderes carismáticos, sem soluções visíveis, alguns incautos atentam aos dados do grupo político económico onde estamos inseridos – a Europa, e imagino que observam com uma certa preocupação o que se passa todos os dias… Ainda hoje assisti, em directo, no café da esquina, enquanto preenchia o Euromilhões, a uma curiosa discussão sobre “Os carrascos de Portugal”, e nele participavam o Merceeiro da Rua, a Sra. que trabalha na loja do Pão e o Barbeiro da Rua que nomearam as seguintes personalidades, como os responsáveis pela angustia que hoje sentimos na pele: - o Eng.º António Guterres que foi descrito como «um bom homem, mau a fazer contas mas boa gente…» - Prof. Cavaco Silva que «só fez obras com os fundos da Europa». - e o Durão «que saiu porque lhe pagavam mais e tinha viagens à borla lá para o sítio do parlamento…». Utilizando uma metáfora (que segundo li em qualquer lado deve ter uma nova nomenclatura) e recorrendo ao “outro” Sócrates (o filósofo «Cidadão do Mundo») gostaria de fazer uma analogia entre os vários Governos de Portugal e o casamento. O filósofo e pai da génese democrática, dizia a respeito do casamento o seguinte : «Se vos couber em sorte uma boa esposa, sereis felizes; se vos calhar uma má, tornar-vos-eis filósofos, o que é excelente para os homens…» Ora este texto explica a génese do problema do nosso pais. Somos bons casamenteiros e como tal padecemos do sintoma da “fibromialgia” ou fadiga crónica, à semelhança de alguns pseudo políticos/jornalistas … Dia, após dia, vemos as mesmas personagens nos média em contextos diferentes. É no Parlamento, são nos congressos políticos – são os nossos lideres mediáticos e que nos conduzem neste tempo de incerteza. São os responsáveis por tudo e por todos. Desde o Presidente da Junta ao Líder partidário, todos eles são reconhecidos como sendo “os responsáveis” pelo bom e pelo mal, que decorre, cada uma à sua escala. E soluções? E programas capazes e pessoas de competência? Meus caros os políticos de hoje bem podem ir para casa para atingirem a felicidade enquanto que nós, meros portugueses esperemos que numa próxima geração (aquela que não terá segurança social, nem reformas, aquela que tem empregos precários, aquela que paga hoje para não receber amanhã) se preocupará com o destino do pais e com aquilo que é o Governo “possível”. O Portugal de amanhã devia ter começado com Cavaco e Guterres, continuado com Barroso e com Santana e revisto por Sócrates. Assim sendo só em 2010 é que eventualmente poderemos “tentar” sair da crise em que estamos, tudo derivado de um desnorteamento político/partidário, fruto de uma ideologia política e de uma democracia que se esperava forte e solidária, mas que na realidade, só retirou às gerações vindouras o conforto que os impulsionadores do 25 de Abril obtiveram à custa de uma revolução. Com este texto não procuro simpatias por um regime que não o democrático, pelo inverso. Sou acérrimo defensor dos ideais do governo do povo mas sou acima de tudo crítico numa geração de políticos que deriva do 25 de Abril. Na Antiga Grécia de Sócrates, a filosofia era etimologicamente o “amor ao sábio”, aquele que detinha o conhecimento, o saber… Era alguém que era respeitado e reconhecido pelo “gnosis” que detinha. Era público e notório. Todos reconheciam a sua “aptidão e dom”. Hoje praticamente ninguém reconhece o trabalho desenvolvido pelos políticos pois entendem, que estes utilizaram a política como um meio para auto governar-se ao invés de fazer aquilo para que foram eleitos, o governo de um povo e de uma nação. Assim sendo torna-se impossível desacoplar a política do estado, à alma de um povo. Nem mesmo os slides “super impecáveis” do Instituto Português de Turismo, que procura mostrar o que de bom se faz em Portugal, levanta o ânimo aos portugueses. Resta-nos os deputados a fingir e claro o escândalo na Cantina do Parlamento…

terça-feira, novembro 14, 2006

Recebi hoje esta "piada" por e-mail. Não fosse isto praticamente verdade até tinha a sua graça... O título é o Capitalismo Internacional... O Problema é que isto se passa no nosso pais... CAPITALISMO IDEAL Você tem duas vacas. Vende uma e compra um boi. Eles multiplicam-se, e a economia cresce. Você vende a manada e aposenta-se. Fica rico! CAPITALISMO AMERICANO Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre. CAPITALISMO JAPONÊS Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo inteiro. CAPITALISMO BRITÂNICO Você tem duas vacas. As duas são loucas. CAPITALISMO HOLANDÊS Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e tudo bem. CAPITALISMO ALEMÃO Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos. CAPITALISMO RUSSO Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca. CAPITALISMO SUÍÇO Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar as vacas dos outros. CAPITALISMO ESPANHOL Você tem muito orgulho de ter duas vacas. CAPITALISMO BRASILEIRO Você tem duas vacas. E reclama porque o rebanho não cresce... CAPITALISMO HINDU Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas. CAPITALISMO PORTUGUÊS Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. A outra foi comprada através do Fundo Social Europeu. O governo cria O IVVA - Imposto de Valor Vacuum Acrescentado. Um fiscal vem e multa-o, porque embora você tenha pago correctamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas. Para se livrar do sarilho, você dá a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho...